quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Tétrades


No nosso encontro anterior falamos sobre acordes de 3 notas, as nossas tríades. Pois é, naturalmente seguiremos o raciocínio e subiremos ao próximo passo na evolução dos mesmos, as chamadas TÉTRADES.
No estudo de Harmonia pelos padrões atuais falaremos diretamente das Tétrades, pensando ser o acorde de 4 sons o ponto de partida para qualquer estudo sério de Música Popular.
Assim sendo, entenderemos a formação das Tétrades de 2 formas possíveis, sendo:

A - Inclusão de uma SÉTIMA (Maior,Menor ou Diminuta) a uma TRÍADE (Maior, Menor, Diminuta ou Aumentada)

B - Interpolação de 2 TRÍADES distintas (Maior, Menor, Aumentada ou Diminuta)

Obs.: Nos 2 casos continuamos a respeitar o nosso "empilhamento de terças", tendo a SÉTIMA uma terça de distância da Quinta, última nota das Tríades vistas.

Teremos, no primeiro contato, 4 tipos de tétrades, sendo:


Acorde de SÉTIMA MAIOR - T7M -

Formado por Tônica ou Fundamental(T), Terça Maior(3), Quinta Justa(5) e Sétima Maior(7M) ou pela interpolação de uma tríade MAIOR e uma MENOR (figura A)


Acorde MENOR COM SÉTIMA - Tm7 -

Formado por Tônica ou Fundamental(T), Terça Menor(3m), Quinta Justa(5)e Sétima Menor(7), ou pela interpolação de uma tríade MENOR e uma MAIOR (figura B)


Acorde de SÉTIMA DOMINANTE - T7 -

Formado por Tônica ou Fundamental(T), Terça Maior(3), Quinta Justa(5) e Sétima Menor(7), ou pela interpolação de uma tríade MAIOR e uma DIMINUTA (figura C)


Acorde MEIO DIMUNTO - TФ ou Tm7(b5)

Formado por Tônica ou Fundamental(T), Terça Menor(3m), Quinta Diminuta(b5) e Sétima Menor(7), ou pela interpolação de uma tríade DIMINUTA e uma MENOR (figura D)


Esses serão os 4 modelos de Tétrades a serem usados no nosso primeiro Campo Harmônico, mas isso ja é conversa para o próximo post....

Dúvidas e comentários são bem vindos, aqui ou por email.

Abraços a todos.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Tríades



Depois da inserção baiana, let's get back to work...

Falemos então das nossas "entidades", os queridos acordes.
Vamos começar pelos acordes de 3 sons, as nossas TRÍADES.
Em Música Popular existem 3 possibilidades de formação de acordes com "empilhamento de intervalos", seja "empilhando" segundas, terças ou quartas. Como a maneira mais "usual" é por EMPILHAMENTO DE TERÇAS, começo por ai.
Vamos definir então esse "empilhamento".
Numa tríade qualquer, a nota inicial é chamada TÔNICA ou FUNDAMENTAL (como visto la com os intervalos). Ela da nome ao acorde, e partir dela vamos definir as outras 2 notas subsequentes. Além da Fundamental, teremos tambem a presença da TERÇA e da QUINTA, completando o acorde, e definindo o tal do "empilhamento". Se vc ainda não sacou a parada toda, veja: Começamos pela Fundamental, saltamos uma Terça, e partir desse ponto (terça acima da Fundamental) saltamos mais um terça (olha o empilhamento ai...) e definimos a Quinta do acorde, a quem poderiamos até chamar de "Terça da Terça". Complicou? Olha a figura A acima e vai ficar facil ;)

A pergunta é: Qual terça(s) e qual quinta(s) forma(m) essa(s) tríade(s)???

Bom, isso vc ja sabe. Vimos quando falavamos dos intervalos quais eram os possíveis e prováveis no uso cotidiano, mas vale lembrar. Teremos 2 TIPOS DE TERÇA e 3 TIPOS DE QUINTAS, sendo:

3 - TERÇA MAIOR
3m - TERÇA MENOR

5 - QUINTA JUSTA
b5, 5-, 5 dim - QUINTA DIMINUTA
#5, 5+, 5 aum - QUINTA AUMENTADA

A combinação dessas terças e quintas vai gerar 4 tipos diferentes de tríades (figura B), sendo:

TRÍADE MAIOR (T): Formada por TÔNICA ou FUNDAMENTAL, TERÇA MAIOR(3) e QUINTA JUSTA(5)

TRÍADE MENOR (Tm): Formada por TÔNICA ou FUNDAMENTAL, TERÇA MENOR(3m) e QUINTA JUSTA(5)

TRÍADE AUMENTADA (T+): Formada por TÔNICA ou FUNDAMENTAL, TERÇA MAIOR(3) e QUINTA AUMENTADA (5+)

TRÍADE DIMINUTA (Tdim): Formada por TÔNICA ou FUNDAMENTAL, TERÇA MENOR(3m) e QUINTA DIMINUTA (5-)

Assim definimos a base para o inicío da nossa conversa em matéria de acordes, seguiremos em frente completando esse conceito inicial e incluindo novidades a cada encontro.

Qualquer dúvida, gritem. Abraços a todos

João Valentão


Acordamos hoje mais tristes, sentindo falta de algo, e não eram as varas da saltadora Fabiana Muerer (isso ja é uma outra história, para um outro encontro).
Despertamos para mais um segunda feira de trabalho (afinal, vc trabalha não? ou fica só lendo blog e tal?) e nos demos conta que perdemos parte do patrimônio da Música Popular brasileira. Ídolo dos ídolos, seria lugar comum dissertar sobre a sua importância musical, qualidade da obra e etc. O que me chama mais a atenção é a a quantidade de VERDADE no trabalho dele, o quanto conseguiu ser universal mostrando apenas o quintal de casa para o resto do mundo, e a coragem de ser ele mesmo apesar da quantidade de piadas sobre o comportamento tranquilo e simples de um baiano porreta (eu mesmo conheço uma porrada, um dia faço um blog de humor e ai vcs vão ver, kkkkkkk). Essa é a verdadeira valentia, coisa de quem sabe quem é e deve nada, nem musicalmente e nem em campo nenhum pra ninguem nesse planeta.
A Dorival Caymmi, nosso enterno agradecimento. A Música Brasileira enlutada o reverencia.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Mestre Valente


Tive aulas de Harmonia no segundo ano da faculdade com uma figura ímpar, um velho pianista de grandes histórias e imeeeeenso conhecimento técnico.
Botafoguense doente, comunista e com um temperamento arrasa quarteirão, tornava qualquer tópico por mais complexo ou enfadonho (se é q isso é possível na matéria q ele lecionava, mas isso é outra história...) num espetáculo pirotécnico, pontuando o conteúdo coberto com histórias e piadas, e com grande senso de humor aplicava a didática de uma forma muito clara e concisa. Apesar disso, tinha imensos "arranca-rabos" com os alunos, por vezes mais por uma visão conspiratória do Mestre, por vezes por culpa nossa mesmo, kkkkkkkk. Eu mesmo tive um desses "embates" com o Mestre, acerca se bem me lembro de uma figura de linguagem, uma "hipérbole",kkkkkkkkkk. Desculpei-me humildemente (apesar de inocente, kkkkkkkk) num almoço 3 semanas depois e ficou tudo zerado :)
Sobre o estudo de Harmonia, meu professor tinha uma definição tão clara e tão sucinta que me reservo o direito de parafrasear, se me me permitem. Dizia o Mestre:
"As 3 perguntas a serem respondidas sobre Harmonia são:"

1 - Quem são as "entidades" com quem trabalhamos?

2 - Onde "moram" essas "entidades"?

3 - Como elas se movimentam?

Quando falamos em "entidades" logo associamos as religiões afro-brasileiras (kkkkk, a piada tambem é dele, kkkkk). Entretanto, essas "entidades" nada mais são do que os nossos queridos ACORDES, que em definição breve seriam blocos de 3 ou mais notas tocadas simultaneamente com função de apoio e sustentação harmônica de uma melodia.

Falaremos então nos próximos tópicos das formações dos acordes, iniciando com os mais básicos e seguindo adiante.

Claro, esse tópico fica como singela homenagem ao Mestre Valente, ou Hilton Jorge Valente, ou simplesmente Gogô como era mais conhecido. O patrimônio maior da educação musical nesse país não é o conteúdo definitivamente, visto que ainda são escassas as publicações nacionais cobrindo o assunto, mas a figura do Velho Mestre, o didata, o seu professor, e os meus professores tambem, aqui representados na grande figura do Gogô.

A todos que ensinam e que aprendem um abraço e em frente sempre.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Nomenclatura

Oi gente, mais um dia, mais um post. Depois de uma manhã de quarta conturbada na nossa tão querida e violenta cidade seguimos aqui com a vibe positiva, que no fim é o que importa mesmo, o resto tiramos de letra.
Nós ja estamos "quase íntimos" dos nossos amigos Intervalos, e nesse momento vamos tentar estabelecer e desenrolar uma das maiores confusões no estudo de Música Popular, a Nomenclatura dos Intervalos.
A primeira pergunta a ser respondida é "Onde usaremos?". Inicialmente na cifragem dos acordes e suas respectivas alterações.
Comecemos pelos nossos queridos Intervalos iniciais, os MAIORES e os JUSTOS. Para esses intervalos usaremos:

MAIORES: 2, 3 , 6 , 7M

Apesar de alguns autores preferirem a utilização do "M" para a indicação do intervalo maior (Ian Guest, Almir Chediak), prefiro usar apenas a nomenclatura do respectivo intervalo. O único onde é realmente imprescindível o uso do "M" é a SÉTIMA MAIOR (7M), presumindo-se que para TODOS OS OUTROS INTERVALOS na ausência de nomenclatura extra trata-se de INTERVALO MAIOR :)

OBS.: Em alguns sistemas americanos de cifragem utilizam-se outros métodos de cifragem para a SÉTIMA MAIOR, como Maj7(David Baker) ou Δ(Jamey Aebersold), não estranhe nenhuma das anteriores, o sistema ainda é novo (passamos a tocar esses acordes a mais ou menos 50 anos), e os americanos adoram uma confusãozinha.

JUSTOS: 4, 5 , 8

Trataremos os Intervalos Justos da mesma forma que os maiores, ou seja, na ausência de adendos definiremos como JUSTOS as 4, 5 e 8 que assim se apresentarem.

Definidos os iniciais, passemos aos próximos.

MENORES: 2m, 3m, 6m, 7

Para defirenciarmos um Intervalo Menor de um Intervalo Maior adicionaremos um "m", EXCETO NA SÉTIMA MENOR, essa sim aparecendo apenas com o "7" e estamos felizes com isso, kkkkkkkk.

AUMENTADOS: 2aum/2aug/2+/#2 - 4aum/4aug/4+/#4 - 5aum/5aug/5+/#5

Para os Intervalos Aumentados podemos utilizar as 4 nomenclaturas acima, sendo todas elas totalmente aceitas e largamente utilizadas.

OBS.: Apesar de, em tese, podermos transformar qualquer Intervalo Maior ou Justo em um Intervalo Aumentado, na prática veremos que isso acontece nas SEGUNDAS(2) QUARTAS(4) e QUINTAS(5), ficando as outras aplicações para aplicações teóricas e experiências alienígenas (... chamando Mulder e Scully....) :)

DIMINUTOS: 4dim/4-/b4 - 5dim/5-/b5 - 7dim/7-/b7

Da mesma forma que procedemos com os Aumentados faremos com os Dimunutos, sendo de aplicação prática as QUARTAS(4), QUINTAS(5) e SÉTIMAS(7).

Devagar chegamos la, com firmeza e alegria sempre.

Abraços a todos

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Acidentes e Enarmonias


Muito bem, seguindo na idéia do post anterior, exploremos um pouco mais o assunto.
Como vcs ja sabem, o menor intervalo compreendido entre 2 notas em música ocidental é o semitom, assim sendo tomou-se como base fundamental para a estrutura harmônica a chamada ESCALA CROMÁTICA.
Escala Cromática é o conjunto de 12 semitons q definem as notas a serem usadas no Sistema Temperado, base da Música Ocidental, q subvidem uma oitava, isto é, a partir da 13ª nota repete-se a primeira da série.
Além das chamadas Notas Naturais C-Dó, D-Ré, E-Mi, F-Fá, G-Sol, A-Lá e B-Si (se vc não conhecia o Sistema Cifrado Universal, TCHARÃÃÃÃNNN!!!!!) completaremos as 5 notas restantes da escala (afinal ja temos 7 naturais) com os chamados ACIDENTES MUSICAIS.
Não, não, Acidentes Musicais são se referem a Dança do Quadrado e ao Mc Créu (kkkkkkkk, sorry,kkkkkkkkkkkk), eles completam a escala cromática alterando as notas naturais através do uso de 2 ferramentas simples, sendo:

# - SUSTENIDO - Aumenta um semitom a nota natural

b - BEMOL - Abaixa um semitom a nota natural

obs.: Se vc ainda se atrapalha com "abaixa" ou "aumenta", lembre-se, estamos falando da frequência das notas. Assim sendo, AUMENTAR significa "tornar mais agudo", ou seja, rumar para a DIREITA no seu teclado/piano/guita/baixo/violão, e ABAIXAR "tornar mais grave" rumando a esquerda do seu instrumento ok? ;)

Dito isso, podemos definir a Escala Cromática em duas ordens:

ORDEM ASCENDENTE, partindo do C e subindo um semitom a cada passo, usando os Sustenidos, sendo:

C - C# - D - D# - E - F - F# - G - G# - A - A# - B - C
(veja q a 12ª nota é o B, o próximo C ja é a 13ª, a repetição oitava acima da nota inicial)

ORDEM DESCENDENTE, partindo do C e descendo um semitom a cada passo, usando agora os Bemóis, sendo:

C - B - Bb - A - Ab - G - Gb - F - E - Eb - D - Db - C

Estabelecidos os acidentes, vamos ver q existem entre as notas naturais 2 nomes diferentes para a mesma nota, dependendo da ordem adotada (ascendente ou descendente). A esse fenômeno daremos o nome de NOTAS ENARMÔNICAS, ou seja, notas de MESMA ALTURA porém com NOMES DIFERENTES.
Podemos então visualizar a escala cromática num versão mais prática, como apresentado na figura no topo do post :)


obs.1.: O gráfico define as notas naturais ao centro e as enarmonias figurando exatamente na mesma direção na vertical.
obs.2.: Surgem ai 2 enarmonias por vezes ignoradas por muitos, mas fundamentais para a compreensão e montagem de acordes com suas Tônicas iniciadas em acidentes, o E# - F // Fb - E e B# - C // Cb - B, funcionando EXATAMENTE DA MESMA FORMA das outras semelhantes.

Por hora ficamos assim, voltaremos a essa assunto em breve.

Abraços a todos :)

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Baby I'm Back

Voltei gente, depois das férias de junho/julho, loucuras de inverno e etc.
Depois desse recesso "forçado" retomarei as atividades por um ponto q ainda não cobri (apesar de ser meu preferido). Vamos falar de HARMONIA!!!!!
Não pretendo dissecar completamente o assunto, até por q o espaço seria pequeno e não tenho essa pretensão toda, mas conversando com os amigos e refletindo sobre os tópicos anteriores senti a falta de algo com um pouco mais de fundamentação teórica, assim sendo vamos nessa direção.
O ponto de partida para a compreensão de qualquer relação harmônico/melódica em música popular passa pelo sistema métrico adotado, os tão comentados INTERVALOS.
Numa definição prática e objetiva Intervalo é a distância medida em SEMITONS entre 2 ou mais notas, sendo a base ou ponto inicial denominado TÔNICA ou FUNDAMENTAL e as subsequentes o(s) intervalo(s) propriamente dito(s). Se vc ainda não conhece a diferença entre Tom e Semitom lembre-se, os instrumentos chamados temperados adotam o semitom como menor distância possível entre as notas, ou seja, as teclas do piano ou as casas da sua guita/violão/baixo são divididas em semitons. Para que alcancemos o tom inteiro precisamos de 2 SEMITONS, ou 2 casas/teclas ok? :)
Toma-se como base para a definição dos intervalos iniciais a ESCALA MAIOR, sendo assim definida:

T - 2 - 3/4 - 5 - 6 - 7M/T

formada por intervalos de tons inteiros entre suas notas, exceto em 3/4 e 7M/T, essa com intervalos de semitons.

Definimos na Escala Maior os intervalos MAIORES e JUSTOS, sendo:

MAIORES: 2, 3, 6, 7M

JUSTOS: 4, 5, T(8)

Além dos 2 iniciais vamos gerar mais 3 tipos de intervalos:

MENORES: Descendo um semitom de um intervalo Maior

AUMENTADOS: Subindo um semitom de um intervalo Maior ou Justo

DIMINUTOS: Descendo um semitom de um intervalo Menor ou Justo

Assim definimos a base para os assuntos posteriores, provavelmente se o assunto é novidade pra vc ficaram mais dúvidas do q certezas, mas vamos devagar esclarecendo todas. Qualquer coisa comente q eu respondo.

Abraços a todos :)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Night in Hell

Isso ae gente, depois de um pequeno hiato de uma semana retornei as atividades aqui do blog. A intenção era manter uma frequência mais alta, mas o trabalho aumentou e ai ja viu. Falando em trabalho, hj gravei um vídeo do grande Stuart Hamm, renomado baixista que atua tão bem como "sideman" (Steve Vai, Joe Satriani) ou como líder (vide a carreira solo da figura). O som q eu escolhi é "Night in hell (country music)", q ele usa até hj em seus shows solos ou quando pinta uma abertura na banda dos seus patrões ele emenda com outras paradas e costuma roubar o show... enfim, o vídeo esta meio escuro e etc, kkkkkkkk, como vcs ja sabem eu ainda apanho da tecnologia (e continuarei apanhando eternamente...), mas seguindo a filosofia do "Low Tech/High Music" vamos em frente, por q vcs ja sabem, o trem não para.

Se rolar protesto internacional ou passeata na Paulista eu regravo com uma luz melhor e reposto ok?

Abração a todos q acompanham e comentam, e um especial no Vagner "Chupisko" Lucena, que ja não aguenta mais tanta pentelhação via telefone, kkkkkkk.

Keep on rockin' :)

sexta-feira, 30 de maio de 2008

You can't hold no groove

Hello crazy people :)
Hj resolvi postar um vídeo um pouco diferente, toquei um som do grande Victor Wooten, a música "You can´t hold no groove". Toquei a parte A toda, q cobre na parte técina um mix de slap, tapping e strumming (o q o Arthur Maia chama de "vassourada"). A parada toda rola em G, e tem um grande número de notas mortas, completando a levada quase como um "hi hat" de um batera virtual, kkkkkk.
Sobre o som em si, o próprio Victor diz q o mais importante é sempre manter a levada, e deixou isso muito claro nesse som, onde ele explora diversos tipos de técnica e o batuque continua, kkkkkkkk.

E como disse JD Blair na gravina desse som:

"... you can't hold no groove if you ain't got no pocket!!!!!"

That's all folks, see ya

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Fingerstyle Funk

E ai gente, maravilha o retorno da galera que tem entrado no blog e comentado no youtube, mandado emails e scraps, muito legal e muito além da minha expectativa inicial que era postar coisas apenas para os meus alunos, enfim, estou curtindo fazer e tomara q continue assim sempre.
O lance de hj é o pizzicato, ja que tratamos de slap e tapping nos posts anteriores, estava mais que na hora de falar da mais importante vertente técnica no contrabaixo.
Nós tocamos pizzicato na maioria do tempo em toda gig independente do estilo, mas o povo gosta mesmo é de "pirotecnia" como bem disse o Bruno Sabioni, nosso comparsa e roadie do Vodu, assim sendo vamos nessa.
Nesse tópico vou aproveitar e atender o pedido do Antunes, q tinha citado o Rocco Prestia, para quem não conhece é o cara q responde junto com o batera David Garibaldi pela cozinha do Tower of Power, banda da pesada de funk safra 70.
Entrando no aspecto técnico da questão, o cara se notabilizou por mandar grandes linhas de baixo com subdivisões baseadas em semicolcheias, alternando notas "vivas" e "mortas" (ghost notes) e com um trabalho fantástico de "cross-string pickin'" ou seja, saltos de cordas. Eu uso para esses saltos combinações usando 2 e 3 dedos na mão direita, procurando manter o andamento e a subdivisão sempre em primeiro lugar :)
É isso ai gente, continuem mandando essa vibe massa, e sigam tambem com os pedidos, isso só tende a melhorar a parada como um todo.

Abraços a todos e vamos em frente senão o trem passa em cima

terça-feira, 27 de maio de 2008

Slap

Bom gente, hoje é dia de slap. Postei um vídeo com um exemplo de um lick meu na onda de 2 grandes baixistas dos anos 70 e 80, o Louis Johnson e o Mark King. Esse tipo de lick, tecnicamente falando, hj em dia parece muito simples, mas tem uma "vibe" toda especial, e fica a minha singela homenagem a esses caras q tanto me inspiraram.

Usei na técnica de mão direita uma combinação de "thumb", "pluck" e "double pluck", e o modo escolhido para essa execução foi o E Dórico, muito comum nesse tipo de lick, facilitado pelo uso da corda E solta mais combinações de "ghost notes".

E ja mudando de assunto, vai aqui o agradacimento ao Bruno"K9"Lacal, um amigo bom pra cachorro, q mandou a figura da entrada no blog, arrebentou nessa, valew mano :)

Por hora é isso ae, em breve posto mais doideras.

Abraços a todos

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Fire II - A missão

Para quem não conhece a música original resolvi postar aqui um pedaço do vídeo da apresentação do Vodu na Virada Cultural. Apesar da má qualidade do áudio na gravação vale o registro.

Abraços a todos


Fire

Bom , vai ai o prometido vídeo com o solo da música "Fire". Essa música foi escrita pelo grande amigo e guitarrista Zé Luiz, o Xinho, q chegou coma idéia original do tema, e desenvolvemos em conjunto somando as partes dos solos, A minha idéia era usar um "vamp" sobre a escala Menor Harmônica no tom de F#m numa frase de 4 compassos, estruturada dessa forma:

F#m / % / D7M / C#7(b9) Fdim /

As subdivisões utilizadas são sextinas de semicolcheia, sempre adotando os arpejos dos acordes descritos.

Qualquer dúvida comente :)

Abraços a todos

Primeiro Post

Oi gente, esse vai ser o nosso novo canal de comunicação, uma nova forma de devolver as coisas bacanas que consegui em tantas horas de navegação e downloads pelo mundo virtual nesses anos todos.
Vamos tentar dividir o conteúdo de forma a cobrir os assuntos mais interessantes nesse nosso tão querido instrumento, focando tanto em aspectos técnicos quantos esclarecimentos teóricos e etc.
Começarei com um vídeo de tapping de uma música do Vodu, banda de heavy metal na ativa desde a década de 80 com quem tenho tido o prazer de trabalhar nesses 2 últimos anos, aproveitando o gancho do show da Virada Cultural no Palco Rock República.

Bom, por enquanto é isso ai, divirtam-se, comentem e façam pedidos q eu atenderei na medida do possível.

Abraços a todos