quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dominantes Substitutos

Ah, as férias, q coisa maravilhosa... com copa do mundo então, melhor... ganhando o título, ops... voltemos a programação normal...

Seguindo a ordem das possibilidades de tensão/resolução dentro dos Campos Harmônicos usando o Tonalismo (lembra? não???? olha o tópico "Resolução do Trítono no Acorde Dominante" e viva feliz) falemos do Dominante Substituto. Definiremos como Substituto o Dominante q quando trocado pelo Principal ou Secundário vai manter a MESMA RESOLUÇÃO DO TRÍTONO do Dominante anterior. Como?? Vejamos:

Por definição:

"TODO ACORDE DOMINANTE Q ESTIVER DISTANTE UM TRÍTONO (3 TONS) DE OUTRO DOMINANTE POSSUIRÁ O MESMO TRÍTONO NA SUA FORMAÇÃO (entre a 3 e 7), PODENDO SER SUBSTITUÍDO SEM PREJUÍZO NENHUM A RESOLUÇÃO DO MESMO"

Para q fique mais clara a substituição veja a figura A:



Assim vamos conseguindo "colorir" mais as resoluções dentro das nossas progressões harmônicas, incluindo novas possibilidades e abrindo novas portas.

É isso por hora, curtinho e eficiente. Abração ao povo q segue, em breve posto vídeo novo.

Até :)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Reflexões das Férias Futebolísticas

Muito bem meu povo, acabou a mamata, a copa do mundo se foi e a vida vai tomando o seu ritmo normal, ou quase isso. Ficamos somente com as lembranças e reflexões geradas nos embates dentro de campo, e também para os que aconteceram fora dele.

Pra mim, por mais estranho q possa paracer, o comentário mais "significante" da crônica q cobria o mundial foi do Smeagol (aquele carequinha insano do "Pisando na Bola" do Sportv), e olha q eu assisti a copa em regime de dedicação quase exclusiva,kkk. Dizia o figura ao entrevistar um "popular" (o termo é dele)q o Brasil "... não arrumou nada..." na África do Sul. Será?

Do ponto de vista esportivo ele está completamente correto, afinal essa foi a pior colocação desde 1990, o vexame Lazzarônico, o técnico "gênio" q previa um esquema tático com 3 zagueiros usado hj em dia em 80% dos clubes nacionais, mas na época era um vilipêndio. Mas claro q eu não estou falando de futebol, tem algo muito maior e q me incomodou muito mais, e talvez nem todo mundo tenha se dado conta.

Também não vou atacar o treinador e suas opções e escolhas táticas e técnicas, a convocação e o espírito de competição instalado por ele, extrapolando o limite da razão e beirando as fronteiras da barbárie (em alguns casos transpondo-os, né Felipe Melo???), mas vale a ressalva; quando alçado ao pódio em 2002, capitão Cafú lembrou as pessoas a quem amava (citando seu bairro de origem e esposa); em 1994, o capitão Dunga desfiou uma torrente de palavrões q mesmo quem não é especilista em leitura labial sacou do q se tratava. O comportamento do ser humano no momento do triunfo diz mais sobre si mesmo do q podemos imaginar.

Mas esse também não era o assunto principal, isto é, não diretamente. O q mais me incomodou na verdade foi como reagimos ao comportamento totalitário e mal educado do treinador e seus convivas.

Vivemos hj uma estabilidade nesse país inimaginável a 30 anos atrás, fruto de anos de lutas políticas e sociais com um custo altíssimo, q incluem desde jovens vidas tomadas nos anos de chumbo até anos de recessão e crise financeira. Dito isso, qual não foi a minha surpresa ver a maioria esmagadora da opinião pública apoiando os mandos e desmandos de um déspota não esclarecido e nem tão pouco preparado.

Certo q ao peitar a Globo, a "voz e a versão oficial" dos acontecimentos ele ganharia simpatizantes (o movimento do Twitter "CALA BOCA GALVÃO!!!!!!!!" é sintomático nesse sentido), entretanto ver um sujeito alterado e ofendendo profissionais que estão tentando fazer seu trabalho, e ainda por cima transmitido em Full HD pra dentro da sua casa é um tanto indigesto pra mim, sinceramente.

Portanto Smeagol, arrumamos algo na África sim, ainda q indiretamente. Arrumamos um novo motivo para estarmos em permanente estado de alerta, por q a idiotice nunca dorme, e ainda encontra eco em mentes tacanhas e estreitas.

E q venha 2014, e q nos preparemos para todas as idiossincrasias q serão criadas pelos novos comandantes da esquadra, e q ESTEJAMOS AINDA MAIS ALERTAS as questões ligadas as previsões orçamentárias das obras, e q lutemos com unhas e dentes contra o quase inevitável superfaturamento das mesmas, ainda q sejamos voto vencido, mas q nos manifestemos, por q uma farra de um mês não pode custar outro atraso de 20 anos.

Eu sei, eu sei, o blog é de música e tal e vc esperava uns dominantes a mais e etc. Mas o q fazer, o futebol é, entre as coisas menos importantes, a mais importante delas. Mas entre as coisas mais importantes de verdade estão a LIBERDADE e o RESPEITO, e q isso não mude nunca.

Abração a quem segue, voltaremos a nossa programação normal :)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Entendendo e Estendendo a Simetria

Vamos falar mais um pouco dos nossos amigos Acordes Diminutos. Já sacamos que a Função Harmônica do dito cujo é DOMINANTE, e que na comparação com o Dominante Principal (V7) geravam as seguintes marchas harmônicas DOMINANTE - TÔNICA:



Assim sendo, vamos lembrar que cada Acorde Diminuto é SIMÉTRICO a cada TOM E E MEIO (lembrem-se do empilhamento das TERÇAS MENORES!!!!!!), e que dada a essa característica podemos substituílos dentro desse eixo de simetria sem NENHUMA ALTERAÇÃO na harmonia. Preparando então o acorde de C7M, teríamos:



Dito isso, vamos inverter a lógica e chegaremos a conclusão que cada Acorde Diminuto pode nos levar a OITO RESOLUÇÕES DIFERENTES (4 maiores e 4 menores). Veja o exemplo:



Complicou??? Nada, relax total :)

Vamos em frente que os Diminutos ainda serão assunto

Abração

terça-feira, 4 de maio de 2010

O Acorde Diminuto

Na esteira do post anterior falemos então da família de acordes surgida no SÉTIMO GRAU do Campo Menor Harmônico e ainda não explorada, os ACORDES DE SÉTIMA DIMINUTA, ou como chamados na intimidade, os ACORDES DIMINUTOS.
Nessa família de acordes encontraremos o primeiro caso de SIMETRIA a ser abordado, pois em sua formação existe uma série de TERÇAS MENORES empilhadas, q gera esse eixo de simetria a cada TOM E MEIO.
Assim sendo, vejamos a sua formação:



Essa característica simétrica dos Acordes Diminutos faz com que suas inversões sejam idênticas, ou seja, possuam a MESMA DISTÂNCIA INTERVALAR na sua formação. Assim sendo, podemos subtituir cada uma delas sem prejuízo harmônico nenhum. Veja as possibilidades de troca entre os acordes diminutos:



Adotamos todas as enarmonias possíveis na tabela acima para a melhor compreensão dessa simetria, por vezes usando um intervalo "incorreto" na sua nomenclatura mas aceito perfeitamente :)

Olhando atentamente para a formação do Acorde Diminuto notamos a presença de 2 TRÍTONOS em sua formação (entre a Tônica e b5 e a 3m e 7dim(ou 6). Assim sendo classificaremos a função do Acorde Diminuto como DOMINANTE :)

Vejamos a contrução do acorde de Bº e do G7(b9):



Comparando os 2 acordes e suas formações notamos q o Bº nada mais é que a PRIMEIRA INVERSÃO DO G7(b9), ou seja, G7(b9)/B :)
Assim sendo, o acorde de Bº assume as MESMAS FUNÇÕES do acorde anterior, preparando tanto o C7M quanto o Cm7.

Encerremos por hora, voltamos a carga em breve.

Abração

Acordes e suas Inversões

Nesse nosso "novo" formato de transmissão de idéias via ciberespaço (cutucando Marco Bonito kkkkkk), ou novas "mídias" por vezes ainda me escapam alguns tópicos de extrema importância para a compreensão das idéias posteriores. De certa forma isso remonta a nossa escola de Música Popular, que aqui no país é feita como "alfaiataria", atendendo e customizando o conteúdo a necessidade e expectativa do aluno. Nesse nosso caso, na ausência do aluno "físico", o conteúdo é gerado de acordo com o que considero as ferramentas ideiais em Harmonia para Música Popular, e numa ordem de cronologia "quase" ideal. Talvez esse "efeito colateral" do veículo seja uma boa forma de me fazer tentar ordenar o conteúdo numa escola um pouco mais pragmática e formalizada, deixando a tradição nacional um pouco de lado :)
Dito isso, tento justificar a ausência da definição das Inversões de Acordes em tópicos anteriores. Enfim, antes tarde...
Para considerarmos um Acorde Invertido teremos como a sua nota mais grave (também conhecida como Baixo do Acorde) outra nota que não a sua Tônica ou Fundamental.

Falando em Tétrades, definiremos assim as Inversões dos Acordes

PRIMEIRA INVERSÃO - TERÇA NO BAIXO. ex.: C7M/E

SEGUNDA INVERSÃO - QUINTA NO BAIXO. ex.: Gm7/D

TERCEIRA INVERSÃO - SÉTIMA NO BAIXO ex.: C7/Bb

Como visto o sistema de cifragem para as inversões acontece com "Acorde/Baixo".

Muito bem, fica preenchida essa lacuna, nos próximos tópicos exploraremos mais o assunto.

Abração a todos

terça-feira, 27 de abril de 2010

Move on, move on!!!!!!!!!!!

Depois da avalanche de acordes dominantes, vamos explorar novas marchas harmônicas pensando agora na função anterior, a Função Subdominante.

Tive um professor de Harmonia na faculdade chamado Marcos "Markito" Cavalcante que dizia o seguinte: "Em matéria de Harmonia para Música Popular, TUDO É II - V - I". Longe de mim contestar o pragmatismo do Mestre ("Mestre" não, PHD, com tese sobre Villa-Lobos e tudo mais), assim sendo vamos nessa direção.

Esse acorde "II" na progressão funciona como um elemento de cadência (com Função Subdominante), precedendo e reforçando o acorde Dominante no preparo da Função Tônica em tonalidades maiores ou menores. Assim sendo, denominaremos esse acorde "II CADENCIAL". Vale aqui a referencia (e a reverência) ao trabalho do grande professor e editor Almir Chediak, que com seus livros "Harmonia e Improvisação I e II" ajudaram a difundir esse tipo de nomenclatura para o estudo de Música Popular no nosso país. A ele, onde estiver, que descanse em paz, pois sua obra continua viva.

Vejamos então a idéia do II - V - I para resoluções nos tons maiores e menores (figura A)

Veja também que quando falamos do acorde II para a resolução do acorde menor, podemos usar tanto o IIm7(b5)- HARMÔNICO - quanto o IIm7 - MELÓDICO -

Vale lembrar que o movimento dos baixos e a distância dos acordes continua similar, ou seja, o II cadencial está distante do V7 QUARTA JUSTA ABAIXO ou QUINTA JUSTA ACIMA, estabelecendo a mesma realção do V7 com o I7m ou Im7, mantendo oo movimento de QUARTAS na marcha harmônica.

Agora então o cruzamento das vozes internas nessas cadências (ou como diria o Markito os "leading tones") (figura B)


O cruzamento das vozes internas acontece entre as Terças e Sétimas dos acordes, sob o princípio de Continuidade Harmônica, ou seja, estabelecendo o MÍNIMO MOVIMENTO entre as mesmas, usando sempre GRAUS CONJUNTOS (intervalos de segunda), quando não estático.

O bom entendimento dessas vozes condutoras transcende a questão harmônica e do acompanhamento ou apoio para melodia, pois esse conhecimento é usado tanto em escrita de arranjos para contracantos diversos (cordas, vozes, etc) quanto para solos improvisados e escrita de melodias. Portanto, NÃO SE PRENDA A ENTENDER pura e simplesmente o movimento nos baixos dos acordes, isso limita sua visão harmônica e consequentemente o resultado da sua música.


Por hora é isso ai, continuemos nos mexendo :)

Abração

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Dominantes Individuais

Na nossa longa caminhada na estrada da Harmonia ja fizemos alguns "pit stops", falamos dos Campos e das Funções Harmônicas, sempre com o intuito de definir O QUE usar e principalmente COMO USAR os acordes nas tonalidades maiores e menores. Na nossa nova parada, falemos então dos Dominantes Individuais.

Até o presente momento vimos que em cada tonalidade Maior ou Menor podiamos contar com os 7 GRAUS de cada campo, e para definição e reforço do Tonalismo a marcha Dominante Principal - Tônica (V7 - I7M ou V7 - Im7). Estenderemos essa idéia da marcha do Dominante aos outros graus do Campo Harmônico além do grau I, e a esses acordes daremos o nome de DOMINANTES INDIVIDUAIS.

A idéia é simples, veja a definição:

"Todo acorde do Campo Harmônico pode vir precedido do seu respectivo Dominante Individual, distante uma QUARTA JUSTA ABAIXO ou uma QUINTA JUSTA ACIMA do acorde a ser resolvido, desde q não haja choque com a melodia q está sendo harmonizada."

Dito isso, vejamos como vai funcionar nos Campos Harmônicos de C (Dó maior - figura a) e de Am (Lá Menor - figura B).




Vejamos um uso prático em REARMONIZAÇÃO (o tema é IMENSO, isso é só um exemplo para o uso dos Dominantes Individuias ok?). Vamos começar com uma progressão simples no tom de C Maior (figura C). Os acordes aparecem inicialmente com a duração de um compasso cada. Para o uso dos Dominantes Individuais dividiremos essa duração e assim reforçaremos a sensação da PREPARAÇÃO DO ACORDE SEGUINTE (aquela história de resolução via trítono e etc, vc ja conhece...)
Dito isso veja a inclusão dos Dominantes na progressão (figura D). Toque as 2 progressões e sinta a diferença do "efeito" da inclusão do Dominante

Curtiu? E é só o começo...

Vamos em frente, a luta continua :)

Abração

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Terceira Irmã




Bom gente, como prometido no post anterior vamos falar da terceira companheira das Escalas Menores, a MELÓDICA.
A Escala Menor Melódica é também conhecida com Menor Bachiana (sempre ele :)...), e aparece na Música Européia de uma forma ligeiramente diferente, mas para o nosso uso em Música Popular o que realmente interessa é a sua forma chamada de Menor Melódica Real.
Na Menor Bachiana ela teria uma forma ascendendo (real) e descendendo (idêntica a Menor Natural). Da mesma forma q tratamos o assunto "Menor Harmônica" trataremos o da "Menor Melódica", nos interessa a formação e uso para harmonização, composição e improvisos para Música Popular, por isso a opção pelo uso da Menor Melódica Real :)

Pois bem, vamos montar a Escala Menor Melódica, já com seus respectivos graus. Os intervalos de semitom ficam entre o SEGUNDO e o TERCEIRO grau e o SÉTIMO e OITAVO (repetição da tônica)(figura A)

Assim sendo, vemos que se tormarmos como base a Escala Menor Natural teremos alterações no SEXTO GRAU e no SÉTIMO GRAU da escala. Se a base for a Menor Harmônica, alteriamos somente o SEXTO GRAU, visto q o sétimo ja havia sido alterado anteriormente (figura B).

Pensando nisso então, vamos montar o Campo Harmônico da Escala Menor Melódica, e a traçar um paralelo com os outros 2 campos menores já nossos conhecidos (figura C).

Assim encerramos por enquanto o assunto do Campos Harmônicos Menores, nos próximos encontros falaremos das progressões mais comuns em Música Popular nos campos Maiores e Menores.

A gente se vê :)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Os Campos Harmônicos Menores e a Escala Menor Harmônica



Então ja sabemos o conceito de relatividade entre a Escala Maior e a Escala Menor Natural, portanto em raciocínio análogo sabemos também o Campo Harmônico gerado na Escala Menor Natural. Não??? Vejamos:
Se já é sabido q os tons de C(Dó Maior) e Am (Lá Menor) são RELATIVOS (possuem as mesmas notas em sua formação) logo os Campos Harmônicos gerados nessas escalas possuirão também as MESMAS NOTAS (figura A).

Pensando nisso, vamos voltar ao conceito das Funções Harmônicas. A principal característica do TONALISMO (a nossa "praia" de Harmonia atual) é a presença do ACORDE DOMINANTE no V grau do Campo Harmônico, gerando a INSTABILIDADE via TRÍTONO a ser resolvida no Acorde Tônica (Grau I). Obs.: Se vc perdeu o trem nesse post revisite os anteriores "Funções Harmônicas" e "Resolução do Trítono no Acorde Dominante" :) Em matéria de Campo Harmônico Menor não seria diferente...

Entrentanto, no Grau V do Campo Harmônico Menor surge o acorde Vm7 (Em7), acorde q NÃO GERA TENSÃO DOMINANTE, pela ausência do TRÍTONO em sua formação. Pensando nisso, faremos uma PEQUENA ALTERAÇÃO no acorde, transformando sua TERÇA MENOR em TERÇA MAIOR, e assim mudando de Em7 (E,G,B,D) para E7 (E,G#,B,D) e alterando a sua função para DOMINANTE, a nossa necessidade para o Tonalismo.

Alterando o G para G# mudamos do Grau bVII da Escala Menor Natural para VII, gerando uma nova escala, a ser denominada ESCALA MENOR HARMÔNICA (nome bem sugestivo, ja q foi criada pra dar essa força ai no Tonalismo ;)

Se mudamos a Escala, alteraremos também outros acordes além do acorde do V grau, gerando um novo Campo Harmônico, a ser denominado CAMPO HARMÔNICO DA ESCALA MENOR HARMÔNICA.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

1- Os Campos Harmônicos Menores são SEMPRE usados em conjunto, ou seja, na prática não existe divisão em Campo Menor Natural e Campo Menor Harmônico. Surgirão acordes do Harmônico normalmente quando for necessária a alteração e inserção da função dominante como visto na regra da sua criação.

2- Essa "minha" visão da criação do Campo Harmônico Menor é TOTALMENTE PRAGMÁTICA E FUNCIONAL, visando o esclarecimento do tema sem preocupação histórica e nem contextualização e atribuição aos seus devidos criadores. A quem interessar, vale uma lida no "Livro de Ouro da História da Música" de Otto Maria Carpeaux pra sacar como Bach e o seu "Cravo Bem Temperado" ,entre outras aventuras, resolveu esse pepino e deixou talvez o maior legado em matéria de Harmonia, a ser seguido até hj. O texto é meio pesado, mas vale cada letra :)

3- No sétimo grau do Campo Menor Harmônico surge uma família diferente de acorde, o ACORDE DE SÉTIMA DIMINUTA, ou ACORDE DIMINUTO para os íntimos, kkkkk, em sua ÚNICA aparição diatônica (dentro dos campos harmônicos). Ele tem em sua formação Tônica, Terça Menor, Quinta Diminuta e Sétima Diminuta (enarmônica a Sexta Maior). Vamos tratar dessa família de acordes num post específico, mas ja fica ai a expectativa para as "cenas dos próximos capítulos" kkkkk

Ufa, falaremos um pouco mais do Campo Menor nos próximos posts, dissecando a outra Escala Menor a ser utilizada, a MENOR MELÓDICA, mas isso é assunto pra daqui uns dias :)

Fique ligado e mostre pros amigos, kkkkkk

Abração

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A Escala Menor Natural


Muito bem meu povo, nos nossos últimos contatos falamos muito da nossa querida Escala Maior, a referência inicial para todo o resto da nossa história. Nesse tópico vamos nos estender falando do outro tipo de modo a ser usado no Tonalismo, o Modo Menor, baseado inicialmente na Escala Menor Natural.
Formaremos a Escala Menor Natural seguindo o mesmo conceito da Escala Maior, através de sucessão de Tons Inteiros e Semitons, seguindo a lógica:

T -- 2 - 3m -- 4 -- 5 - 6m -- 7 -- T(8)

Lembrando: -- Tom / - Semitom (ou 1/2 tom se preferir)

Em Graus teriamos:

I -- II - bIII - IV -- V - bVI -- bVII -- I

Vejamos tom no de Am (Lá Menor)

A -- B - C -- D -- E - F -- G -- A

A relação a ser estabelecida com a Escala Maior é de máxima importância para a compreensão dos tópicos posteriores, portanto vendo a Escala Maior no Tom C teremos:

C -- D -- E - F -- G -- A -- B - C

Comparando as 2 escalas nesses tons específicos encontraremos as MESMAS NOTAS, na seguinte relação:

A Tônica da Escala Menor aparece como SEXTO GRAU da Escala Maior, assim como a Tônica da Escala Maior aparece como TERCEIRO GRAU da Escala Menor, estabelecendo assim o que chamamos de CONCEITO DE RELATIVIDADE MAIOR/MENOR (figuras A e B).

Nos próximos tópicos falaremos do Campo Harmônico gerado pela Escala Menor e suas respectivas Funções Tonais.

Abração a todos

quinta-feira, 25 de março de 2010

Resolução do Trítono no Acorde Dominante


Quando falamos em funções harmônicas no Campo Harmônico estamos nos referindo a uma situação específica, um tipo de Harmonia de uso mais comum e regular dentro da Música Popular chamada TONALISMO. Caracteriza o Tonalismo justamente a presença dessas funções, especialmente a marcha Dominante-Tônica, e a Instabilidade-Estabilidade provacada pela mesma. Vamos entender o processo dessa resolução no Campo Harmônico Maior.
Na formação do acorde de função Dominante Principal (V7) encontraremos um intervalo em suas vozes internas que é o responsável pela sensação de instabilidade provocada pelo mesmo, o chamado TRÍTONO.
Como o próprio nome ja informa, o TRÍTONO é intervalo de 3 TONS (#4 OU b5)encontrado no acorde dominante entre a TERÇA MAIOR e a SÉTIMA MENOR (figura A).

Dito isso, vamos imaginar a marcha do acorde dominante (V7) para o acorde tônica de função principal no Campo Harmônico Maior (I7M), usando o exemplo do tom de C maior, sendo então G7(V7) e o C(I). Obs: Usaremos um C tríade para melhor ilustração das vozes internas dos acordes na marcha :)

As notas do trítono no acorde dominante se atraem com a TERÇA MAIOR e a OITAVA do acorde tônica, sendo a terça do trítono por SEMITOM ASCENDENTE com a oitava do acorde tônica e a sétima menor do trítono por SEMITOM DESCENDENTE com a terça do acorde tônica (figura B), estabelecendo o cruzamento das vozes internas que caraterizam esa resolução. Interessante notarmos também o movimento dos baixos (TÔNICAS) dos acordes, num intervalo de QUARTA JUSTA ASCENDENTE ou QUINTA JUSTA DESCENDENTE. Esse tipo de movimento entre os acordes vai ser o mais usado nas progressões tonais a serem estudadas em breve, aguarde cenas dos próximos capítulos :)

E é isso ai meu povo, vamos em frente que a trilha é longa.

Abração e que as dissonâncias sejam sempre belas :)

terça-feira, 23 de março de 2010

Funções Harmônicas


Maravilha meu povo, respondemos no post anterior a questão "Onde moram nossos acordes????", começando pelo Campo Harmônico Maior, a nossa base para a formação dos outros campos harmônicos. Muito bem, hj começaremos a falar da movimentação dos mesmos, ou seja, de onde vem e para onde vão os nossos acordes????
Antes de entrar na questão em si, uma pequena mais importante reflexão acerca das progressões harmônicas. De uma maneira bem simples, descreveremos essas progressões como o veículo de transmissão do discursso musical, tendo cada acorde uma capacidade de graduar a sensação de INSTABILIDADE e MOVIMENTO, ou ESTABILIDADE e REPOUSO dentro desse discursso. Através dessa capacidade classificaremos os mesmos e atribuiremos as já afamadas FUNÇÕES HARMÔNICAS aos nossos acordes.
Poderemos classificar as Funções Harmônicas em 3 classes, sendo:

FUNÇÃO TÔNICA - caracterizada pela sensação de ESTABILIDADE e FINALIZAÇÃO, provendo o sentido CONCLUSIVO a progressão harmônica.

FUNÇÃO DOMINANTE - caracterizada pela sensação de INSTABILIDADE e SUSPENSÃO, tendendo a seguir para a Função Tônica e consequentemente para o repouso.

FUNÇÃO SUBDOMINANTE - caracterizada pelo meio termo entre as 2 anteriores, podendo migrar tanto para a Função Dominante quanto para a Função Tônica.

Dito isso, vamos classificar os nosssos queridos acordes do Campo Harmônico Maior, estabelecendo a chamada Qualidade Funcional dos mesmos, ou seja, quem são os acordes principais das funções e que as representam com maior intensidade (quadro)

Assim começamos a entender como se movimentam nossos acordes, exploraremos muito mais o assunto nos próximos encontros.

Abração a todos e muito som sempre :)

segunda-feira, 15 de março de 2010

O Maioral...

Normalmente quando chegamos em algum lugar pela primeira vez é muito mais interessante que usemos um comportamento "low profile", aquele "Made in Belzonte", para que quando solicitem a nossa participação sejam positivamente surpreendidos. Quando chegamos com aquela "marra" a la Romário Copa 94' na melhor da hipóteses conseguiremos empatar com a expectativa. Em matéria de Harmonia, isso não foi respeitado, kkkkkkkk.
Nesse tópico vamos tratar da resposta para a nossa segunda pergunta fundamental (vide "Mestre Valente"), começando realmente com o MAIORAL, aquele que é a base para a construção de todo o resto em Harmonia para Música Popular, o CAMPO HARMÔNICO MAIOR.
A base para a formação do mesmo não podia ser outra senão a nossa querida ESCALA MAIOR, lembra dela?

T - 2 - 3/4 - 5 - 6 - 7M/T

formada por intervalos de tons inteiros entre suas notas, exceto em 3/4 e 7M/T, essa com intervalos de semitons.

O raciocínio é simples, formaremos os acordes desse nosso campo usando APENAS as sete notas da Escala Maior, estabelecendo em cada nota da mesma um GRAU e EMPILHANDO TERÇAS a partir deles geraremos as tétrades correspondentes.

Vejamos exemplo em C maior

C -- D -- E - F -- G -- A -- B - C

obs.: -- 1 tom / - 1/2 tom

se "empilharmos" as terças a partir do primeiro grau C, teremos:

C - E - G - B para o primeiro acorde, a ser classificado pelos intervalos na sua formação como C7M (Tônica=C, Terça maior=E, Quinta justa= G, Sétima maior=B)

no segundo grau teremos:

D - F - A - C , formando o acorde de Dm7 (Tônica=D, Terça Menor=F, Quinta Justa=A, Sétima menor=C)

no terceiro grau:

E - G - B - D , formando Em7 (Tônica=E, Terça Menor=G, Quinta Justa=B, Sétima Menor=D)

no quarto grau:

F - A - C - E , um F7M (Tônica=F, Terça Maior=A, Quinta Justa= C, Sétima Maior=E)

no quinto grau:

G - B - D - F, um G7 (Tônica=G, Terça Maior=B, Quinta Justa= D, Sétima Menor=F)

no sexto grau:

A - C - E - G, Am7 (Tônica=A, Terça Menor=C, Quinta Justa=E, Sétima Menor=G)

e no sétimo grau:

B - D - F - A, Bm7(b5) ou Bø (Tônica=B, Terça Menor=D, Quinta Diminuta=F, Sétima menor=A)

Assim formamos o Campo Harmônico para o tom de C Maior, sendo :

C7M, Dm7, Em7, F7M, Em7, F7M, G7, Am7, Bø

Se pensarmos q as distâncias e as relações intervalares são idênticas na escala maior em TODOS OS TONS, estabelecendo a mudança de tonalidade mudaremos apenas e tão somente as TÔNICAS dos acordes gerados, criando assim uma tabela geral para o Campo Harmônico Maior, sendo:

I7M -- IIm7 -- IIIm7 - IV7M -- V7 -- VIm7 - VIIø - I7M

obs.: Para definirmos os graus da escala maior usaremos os NUMERAIS ROMANOS correspondentes. Quando usarmos os graus adjacentes utilizaremos os "#" e "b" antes dos mesmos, com o mesmo efeito usado nas notas naturais, sendo portanto o #IV o grau ou acorde q estiver uma QUARTA AUMENTADA do grau I, e o bIII o q estiver uma TERÇA MENOR do mesmo, e assim sucessivamente.

Uma outra forma de enxergarmos o Campo Harmônico Maior é separarmos por família de acordes usados, sendo:

Maiores - I7M, IV7M

Menores - IIm7, IIIm7, VIm7

Dominates - V7

Meio Dimnutos - VIIø

Muito bem, vamos ficar por aqui, na sequência tem muito mais encrenca por ai, se pintar a dúvida ja sabe, me manda um email e etc.

Abração meu povo

Eu voltei mamãe !!!!!!!!!!!!

Segundo os arquivos do blogspot meu último post foi em 2008, incrível como o tempo passa... enfim, não reclamemos mais do acontecidos e retomemos com toda a carga o nosso propósito inicial, com uma periodicidade menos bissexta, kkkkkk.
Que venham novos posts e que as piadas melhorem, sempre :)...