segunda-feira, 13 de junho de 2011

Altos papos

Olha ai meu povo, menos de 7 dias e eu já estou de volta, os bons ventos rumam em direção da periodicidade... será????
Enfim, aproveitemos a boa fase e vamos voltar a falar sobre os acordes do Campo Harmônico (tava demorando...), agora com a nova associação dos Modos Gregos a cada grau da escala. Até onde vimos, trabalhavamos com acordes de 4 sons, as nossas TÉTRADES, mas claro q isso era só o começo, e se associarmos cada acorde ao modo correspondente notaremos a presença de 3 novas possibilidades a serem usadas em cada um deles. A essas possibilidades daremos o nome de "UPPER STRUCTURE". O nome na língua da matriz se justifica, por q nenhum teórico fluente na língua de Cabral se dignou a renomeá-los convincentemente, portanto ou chamamos assim ou usamos a nome q meu querido Mestre Gogô usava nas aulas de Harmonia no saudoso Instuto de Artes na UNICAMP, as "Estruturas Altas", nas imortais e sábias palavras do Mestre.
Vejamos então, se olharmos qualquer um dos modos e extrairmos dele as 4 notas da tétrade restariam a SEGUNDA, a QUARTA e a SEXTA. Se pensarmos em empilhamento de terças para a sua inclusão podemos imaginar a presença das mesmas OITAVA ACIMA, sendo NONA - 9 (terça da sétima), DÉCIMA PRIMEIRA - 11 (terça da nona) e DÉCIMA TERCEIRA- 13 (terça da décima primeira), seguindo a ordem estabelecida.
Assim, podemos definir cada grau da escala e suas Upper Structures (ou tensões)assim:



Vale a pena dizer q no q se trata de Acordes Dominantes, o buraco é bem mais embaixo, já q o nosso querido "T7" aceita uma enormidade de tensões, e merece um tópico só dele.

Fica a despedida com cara de "cenas dos próximos capítulos" e fique ligado mesmo, a coisa está esquentando.

Abração a todos

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Falando grego...

Muito bem povo, falei q eu ia tentar manter uma certa frequência nessa parada e até teria conseguido postar ontem como programado, não fosse o acidente de percusso do aspirador da D. Nalva (funcionária e fiel escudeira da patroa daqui de casa) e o cabo do roteador, mas faz parte, como diriam na matriz "shit happens"...
Então vamos aproveitar e explorar um novo capítulo da nossa saga, hj vamos falar um pouco sobre escalas, e como não podia deixar de ser começarei pelos MODOS GREGOS.
A história desses modos dariam uns 10 posts no mínimo, principalmente se incluirmos a evolução da nomenclatura e a criação dos mesmos (são chamados também de Modos Eclesiásticos ou Gregorianos), mas o q nos interessa é a relação harmônico-melódica a ser estabelecida com os nossos acordes q começam a fazer sentido nas progressões já estudadas em posts anteriores.
Podemos pensar nos Modos Gregos de 2 maneiras diversas, enquadrando-os num raciocínio TONAL ou MODAL. Tudo o q vimos até agora nos tópicos de Harmonia se referia ao TONALISMO, comecemos por lá então.
No raciocínio Tonal vamos gerar cada Modo Grego a partir de um grau do Campo Harmônico, associando o mesmo ao acorde ali encontrado em ordem direta. Para melhor compreensão, vamos vizualizar essa idéia tomando o Campo Harmônico Maior como referência, sendo:

I GRAU - I7M - Modo Jônio - T 2 3-4 5 6 7M-T
II GRAU - IIm7 - Modo Dórico- T 2-3m 4 5 6-7 T
III GRAU- IIIm7- Modo Frígio- T-2m 3m 4 5-6m 7 T
IV GRAU - IV7M - Modo Lídio - T 2 3 #4-5 6 7M-T
V GRAU - V7 - Modo Mixolídio- T 2 3-4 5 6-7 T
VI GRAU - VIm7 - Modo Eólio - T 2-3m 4 5-6m 7 T
VII GRAU - VIIØ- Modo Lócrio- T-2m 3m 4-b5 6m 7 T

Obs.: Utilizaremos intervalos de Tons Inteiros entre todas as notas, exceto nas ligadas por "-", nessas usaremos Semitons :)

Podemos dividir os Modos Gregos em 2 grandes grupos, os Maiores e Menores, tomando como base os Modos Jônio(Maior) e Eólio(Menor) para referência inicial e caracterizaremos cada um dos outros modos através das notas diferentes com os referenciais, denominando-as NOTAS CARACTERÍSTICAS dos Modos. Veja como:

MAIORES:
Ref: Jônio - T 2 3-4 5 6 7M-T

IV- Lídio - T 2 3 #4-5 6 7M-T - Nota Característica- #4

V - Mixolídio - T 2 3-4 5 6-7 T - Nota Característica- 7


MENORES
Ref.: Eólio - T 2-3m 4 5-6m 7 T

II - Dórico - T 2-3m 4 5 6-7 T - Nota Característica - 6

III - Frígio- T-2m 3m 4 5-6m 7 T - Nota Característica - 2m

VII - Lócrio- T-2m 3m 4-b5 6m 7 T - Nota(s) Característica(s) - 2m e b5


Por enquanto é isso, fomos formalmente apresentados e estenderemos mais os tópicos quanto a utilização dos mesmos em breve.

Até lá, e stay tune :)

terça-feira, 31 de maio de 2011

Quando o inverno chegar...

Voltei gente, de leve mas firme e forte. E para celebrar esse momento lindo, vamos para uma postagem com força total, seguindo a linha e aproveitando o gancho dos DOMINANTES SUBSTITUTOS (subV7) e aplicando-os nas progressões em II-V-I. Para quem caiu de paraquedas ou chegou ontem de Marte de uma olhada no post "Move on, move on!!!!" para os II V I e "Dominantes Substitutos" para os próprios :)
Como visto, todo acorde dominante q possuir o mesmo Trítono em sua formação pode ser substituído sem prejuízo da Função Harmônica em qualquer progressão, assim sendo podemos usar essa subsitituição num II-V-I para acorde maior (fig 1).

Analogamente, podemos usar a mesma idéia para um II-V-I para acorde menor, sendo: (fig 2)



Podemos concluir então q podemos interpolar e substituir livremente tanto o acorde II (segundo cadencial-subdominante) quanto o V (dominante e subV7), estabelecendo novas relações dentro da mesma progressão (fig 3).



Foi de leve, mas foi preciso. Esperamos não repetir esses "hiatos" imensos entre os últimos posts, vamos em frente e com fé, sempre.

Abração a todos